A MISSÃO INTEGRAL DA IGREJA tem sua motivação maior a partir do Plano de Salvação (Jo.l6.27-28).O envio de Jesus Cristo e a existência das Sagradas Escrituras evidenciam que a ação de Deus é missionária junto à humanidade. A Igreja é o Corpo de Cristo e o seu papel é dá continuidade a obra iniciada pelo Jesus histórico. No pouco tempo em que Jesus esteve aqui na terra, ele cuidou do caráter especifico de sua missão. A IGREJA PRIMITIVA cumpriu seu papel direitinho. Por isso, não confundiu serviço com poder. A IGREJA DOS PRIMEIROS CRISTÃOS discerniu muito bem a diferença entre poder e serviço. E compreendeu tanto, que não ambicionou ser poderosa. A busca pelo poder não existia individual nem coletivamente na Igreja Primitiva. O que eles mais queriam era servir. Por isso, conseguiu ser unida, organizada, missionária.
E a igreja de hoje, tem se limitado a preparar os indivíduos para uma vida no além, ou a Igreja também sabe preparar as pessoas para viver bem aqui na terra? Por ocasião do milagre da multiplicação dos pães e peixes, Jesus disse aos discípulos de forma imperativa: DAI-LHES VÓS MESMOS DE COMER (Lc 9.13).
A reflexão é para a liderança. A maioria do nosso povo, por exemplo, é mais informado, engajado ou alienado? O que seria mais fácil um assembleiano se tornar um Testemunha de Jeová ou o contrário? E nós, os líderes com o que estamos mais preocupados realmente? Recentemente foi bastante divulgado as peripécias de uma prefeita irresponsável, que a cognominaram de “prefeita-ostentação”. Mas será que existe líderes evangélicos-ostentação? Se existir, como estariam se comportando os seus liderados? Informados, engajados ou alienados? E em termos de caráter, o que dizer? Lanço mão do termo “alienados”, de propósito. A alienação pode ocorrer no sentido bíblico, social, político etc. É fato que vivemos uma crise. Em vários aspectos, por sinal. Não é só na política e na economia, não! Vivemos a crise de missão, a crise de identidade etc. Por isso, que não estamos menos inclinados para o fazer-coletivo e mais para o individualismo. Por isso, que muitos de nós não tem causa a não ser a própria. Logo, nos tornamos tão apáticos que nem nos damos conta quando os nossos liderados estão sendo massa de manobra de forças corruptas. O grande perigo se instala quando a Igreja e seus líderes se dão por satisfeitos consigos mesmos. Será que a nossa identidade precisa ser revista de novo à luz da Bíblia? Ou estamos pouco parecidos com a igreja primitiva?
Ser povo de Deus implica em refletir algo do caráter de Deus. A nossa vivência deve se desenrolar diante de Deus. A Igreja sempre deve se entender como serva da missão de Deus.
A Igreja deve ter uma pregação positiva, e não apenas combater o que há de negativo no mundo. Jesus quer que a vida presente seja influenciada pelo futuro. A nossa opção pelo Reino de Deus, vai nos colocar em conflito com tudo que é contrário ao Reino. Todo aquele que adquiriu a cidadania do Reino de Deus, deve contar com a oposição daqueles que negam as reivindicações de justiça, da unidade, da verdade, da fraternidade, da solidariedade e da paz (2Tim. 3:12). A IGREJA PRIMITIVA CUMPRIU A SUA MISSÃO. PRECISAMOS CUMPRIR A NOSSA. Se conscientizarmos os nossos irmãos das vantagens de nos tornarmos unidos em todos os aspectos possíveis, consequentemente, teremos uma igreja integrada, organizada e visionária à altura de responder às suas próprias demandas e necessidades…
Pr. Gildenemyr L. Sousa
Secretário Executivo da CEADEMA